quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Frio desconcertante

Ainda há Sol
mas seu distanciamento
já se faz presente
Ainda há coisas pendentes
Mas já sentimos que somos ausentes
O frio chega
as mãos procuram calor pelos bolsos
Nos tornamos velhos carochos
Um dia fomos desejados com alvoroço
O amor se esvai pelo ar
Mas ainda resta perguntar
porque paramos de tentar?
Só pode ser o efeito da estação que está à mudar
Na primavera
deixamos os corações encontrarem suas cores condizentes
No verão
percebemos um calor quase indescente
No outono
aconchegamos a euforia e abrimos porta para a rotina
E nesse inverno
deixamos diferenças resplandescentes
congelando tudo aquilo
que em chamas, tinha um sentido confortável ao libido.

(Mariana Magalhães)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Tempo desgostoso

Você está sempre na hora errada,
mas não consigo descobrir se precisa de um relógio
ou simplesmente o faz por querer me iludir.
Sempre queremos que seja diferente,
mas com você tudo é tão envolvente
que sempre faço aquilo que me propõe sorridente.
Parece que lê a minha mente,
mas decidi ser persistente.
Agora é a sua vez de ser decente
ou esqueça que um dia já fui presente.
Disse que parece que uma era chegou ao fim,
mas não consigo entender
quando você estabeleceu que queria algo de mim.
Você é sempre assim,
uma espontaneidade carinhosa
que sempre acaba quando
tem que voltar a viver em uma distancia dolorosa.
Queria que o destino fosse um pouco menos maldoso,
acabasse logo com esse alvoroço
e fizesse com que você fosse um pouco mais cuidadoso.

(Mariana Magalhães)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Quando morrer na praia não é morrer

Hoje ainda admiro nosso esforço. Concluí que nem sempre nadar, nadar, nadar e morrer na praia é uma decepção ou perda de tempo. Afinal, acho que a gente nunca “nadou, nadou, nadou” tentando sobreviver. A gente estava era vivendo, mesmo, apreciando cada braçada. E se morremos na praia, no fim das contas, morremos de mãos dadas. Me arrisco a dizer que, pelo menos assim, não haverá tanta falta, tanta saudade. Mas é só um palpite. O que posso afirmar com certeza, agora, é que tenho o maior orgulho de ter tentado até o fim, até o meu limite. Afinal, limite é algo pessoal, e eu já sabia que tinha chegado ao meu quando parei de nadar. O que, aliás, é uma ironia pra quem sempre morou em terra de montanha. Mas quem sabe a gente ainda não sai pra um mergulho quando a maré baixar?

Idas e vindas e altos e baixos que só a gente conhece e, no fim das contas, nossa história só a nós pertence... e, se quer saber, prefiro deixá-la intacta, guardada do jeito que ficou, em gavetas com ETs, colares e perfumes que só a gente sabe... só a gente conhece. Prometo nunca mais usar seu coração. Vou deixá-lo bem guardado, mas especialmente na memória, afinal, cristal que quebra não cola mais.


(Mariana P.)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Para desfazer o quebra-cabeças

A eternidade que planejávamos para nós ficou no passado, que agora, fica na memória sob uma forma tão perfeita e pura. Te escrevo hoje, porque se tornou intolerável para meu corpo te ver e não te beijar, simplesmente acabar em discussões do que poderia ter sido se... Somos orgulhosos demais, ainda, para largar esse "se". Sou sentimental demais, ainda, para tolerar uma traição. E você é impulsivo demais, ainda, para se tornar o homem de uma só mulher. Juntos, somos uma perfeição de um quebra-cabeças que não falta nenhuma peça, somos invejáveis. Mas juntos, também somos a fragilidade da nossa junção. Nosso encaixe é único, mas possui o defeito de ser fácil de ser desfeito.
Me sinto como se estivéssemos encenando a música "Slow dancing in a burning room" de John Mayer. O perfeito imperfeito está no fim que sabemos que está, mas insistimos em fingir que não sabemos de sua existência. Chegou a hora de encarar e parar de adiar o inevitável. Eu te amo e pronto, mas se o amor bastasse, viveríamos em um filme romântico e holywoodiano.
Sei que vivo com a cabeça em livros, cafés e poesias. Sou assim mesmo. Minha ilusão literária faz parte de mim e só eu consigo entender porque gosto de viver nesse mundo. Não é uma questão de gostar de me iludir, de ser melancólica demais ou de ainda não ter vivido o suficiente para entender as coisas da vida. Maturidade não se conquista com anos de vida, mas com as experiências que nos proporcionamos.
Não suporto mais a ideia de poder te ter, mas não te ter exclusivamente. Nesse sentido, sou uma egoísta completa. Sou o agora ou o nada. Agora, me despeço da dor presente e também da vinda de qualquer dor que se atreva a ser futura e tardia. Me despeço aqui do nosso amor, perfeito para existir em livros e poemas, mas não na realidade. Dou adeus a uma infinitude de coisas que poderiam ser. Enterro todas as suas carícias e palavras de amor infinitas. Não direi que foi bom enquanto durou, pois não me atrevo a viver nossos momentos bons na mente, não suportaria. Te dou agora o adeus de toda uma vida que poderia ter sido e não foi.
Me faça um último favor, nos queime na sua memória, assim como pretendo fazer. "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" foi inspirador.
Meu amor está preso incondicionalmente pelo seu coração, mas preciso ganhar minha liberdade condicional para tentar continuar a ser alguém feliz sem você.

Um último beijo daqueles longos e incansáveis,

Da sua outra parte do quebra-cabeças.

(Mariana Magalhães)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Tipo criança

De primeira
pareceu um cara interessante
Um papo incessante
andar elegante
Mas acho melhor
manter uma distancia
Meu coração
é como uma criança
se interessa fácil
gosta de doce novo
mas não pode ficar
sem o seu tesouro
chora como se não
houvesse outro
Até a hora que descobre
um brinquedo novo.

(Mariana Magalhães)


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

E sempre haverá o acaso.

Essa tarde lavei a alma em uma chuva inesperada. Até então, não tinha me dado conta de como precisava de um acontecimento de tamanha proporção, com uma enxurrada deliciosa que levou todos os maus agouros para bem longe de mim. Possuo uma capacidade imensa e inexplicável de atrair pessoas com uma tendência a infidelidade. Nada que me orgulhe, mas tenho que admitir. Por mais que nos últimos tempos eu esteja em uma fase completamente introspectiva, ainda sentia um peso que me corroía aos poucos, traziam memórias indesejadas e deixavam um sentimento solitário, como se um pedaço me faltasse. Admito que cogitei a ideia de fazer aqueles banhos de sal grosso, que geralmente, ouvimos de recomendação por ai. A vontade aumentou quando tive que segurar meu orgulho e passar por momentos consideravelmente torturantes, ver alguém por quem seu coração já se apaixonou mas depois chorou, declamar seus arrependimentos e esclarecer sentimentos, os quais não teve coragem para falar anteriormente. O problema é que como já é sabido, muitos só dão valor quando perdem, mas o que poucos sabem, é que meu coração se fecha depois de um tempo. Mas como estamos sempre aptos a sofrer boas surpresas do acaso, recebi como recompensa de cada loucura que presenciei, essa chuva gratificante ao espírito. Que traz boas vibrações, leva embora más sensações e deixa a vida mais leve.

(Mariana Magalhães)

domingo, 27 de novembro de 2011

Uma chuva de certezas

O céu se enche de nuvens pesadas e negras, trazem para a tarde ensolarada o cenário de um momento fechado, quase solitário. Decidi que era melhor não me atrever a molhar meus pés por você. A cerveja pode esperar. Assim como me convenci no passado, que podia esperar por você. A verdade é que não posso não. Esperar pelo incerto, é a mesma coisa que me arriscar por esse verão chuvoso sem uma sobrinha. Não sou mais aquela menininha de olhos vendados esperando ser guiada. A cada dia que passa, tenho mais certeza dos caminhos pelos quais quero andar, e pode ter certeza, a ilusão não anda nos meus planos. Não mais. O imprevisível pode até me pegar de surpresa, mas ele ainda é mais certo do que seus sentimentos por mim. Quer fazer alguém esperar, então experimenta me esperar te ligar, quem sabe, um dia, eu não resolva te reencontrar...

(Mariana Magalhães)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Um dia tudo acaba

Parecia que não amanhecia nunca. Aquele desconforto surgido na madrugada não passava. Ambos fingiam estar dormindo. E ambos não paravam de pensar a mesma coisa, mas sem saber da reciprocidade mental do acontecimento. Já tinham se amado no passado. Eram muito próximos. Combinavam como ninguém. Porque justo agora não daria certo? Vontade e tesão não faltavam. Tinha algo no inconsciente psicológico dos dois que servia de barreira. Precisavam descobrir, já era tarde demais.

(Mariana Magalhães)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Procura-se clarão

A solidão deixa
aberto o coração
E ele
mesmo sabendo que
não deve gritar em vão
fica sempre atrás
de um clarão
que possa tirá-lo
da escuridão
A dor vazia
não o deixa sossegar não
Ele nasceu aleijado
precisa se sentir desejado
Assim
ele se vê valorizado
E vive torcendo
para que aquele
que conquistá-lo
seja digno
de ter-lhe ao lado.

(Mariana Magalhães)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Iemanjás e o começo de outras histórias

Na mala, que na verdade era uma mochilinha jogada nas costas, trouxe uma muda de roupas, aquele velho livro que degustava há tempos, tão lentamente que o lia, uma lapiseira e o caderninho que passara a me acompanhar fielmente, desde que abandonei o hábito de levar o computador. Num bolso escondido da mochila, o colar que ele me dera para ser lembrado, minutos antes do ultimo beijo de despedida. Num bolso escondido em mim, aquele sentimento que fora um dia tão fortemente negado, ou rejeitado, até que resolvemos nos aceitar.

Cheguei. Tinha muito o que pensar e, particularmente, meditar. Arrumei carona no aeroporto; rapidamente eles me viram desaparecer pelo portãozinho branco de madeira daquela tão conhecida casa. Larguei a mochila num canto, não antes de tirar os sapatos e sentir o chão. Vaguei lentamente em direção à porta de vidro, observada pelas mais de mil Iemanjás pintadas, esculpidas e mosaiceadas pelas paredes. Já ouvia o som inebriante das ondas e sentia o poder que ele tinha sobre mim, em todos os níveis – corpo, mente, espírito. Passei pela portinha e senti a areia sob meus pés, o cheiro e o tato da maresia me invadindo lenta e gentilmente. Não havia sequer uma luz acesa na casa, mas a lua, incandescente, iluminava todo o velho caminhozinho de areia e matinhos até a beira do mar. Sentei-me na areia e transcendi, com o olhar pregado no céu e suas estrelas infinitas, e os ouvidos no som do oceano, gigante, que se estendia à minha frente. Agradeci em silêncio e divaguei sobre o maravilhoso início que tinha aquela nova jornada que eu acabava de começar. E com a bênção dos orixás, desejei-me sorte.


(Mariana Pio)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Um tipo clichê nada clichê.

É do tipo"moreno, alto, bonito e sensual". Ainda tem um plus, é inteligente, canta e toca bem. Que mulher precisa de mais? Mas, claro, tinha que existir um defeito. O destino nunca foi de facilitar, porque faria isso agora? De férias é que ele nunca está, na verdade, ele faz hora extra. Acontece que o "negão de tirar o chapéu" não é de ninguém, ele não pertence nem a ele mesmo. É do mundo, para um dia o mundo ser dele. É daqueles que um dia se tornam histórias gostosas e saudosas da juventude. É daqueles que não roubam seu coração, mas sempre que está por perto, te enchem de paixão. É do tipo de homem que sempre quer e vai além, se torna infinitude até mesmo na mente daqueles que ele cativa. A ideia é aproveitar, estilo carpe diem, absorver tudo de bom que ele transmite abundantemente. Progredir com esses sentimentos ad-hoc, e um dia, ter o deleite de sorrir dessas lembranças bem vividas.

(Mariana Magalhães)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Descobriu a estupidez

Ele não conseguia mais evitar. Ela sempre lhe faltava o ar. Ela era seu sonho de consumo, e ele a perdera pela ideia do que era "viver a vida". Ela amadureceu, percebeu onde se meteu, deu graças a Deus, de não estar mais com aquele que só prometeu. Ele se envolveu, deixou aquilo se tornar duradouro. Os sentimentos ocorriam opostamente, transformavam o que era sólido em volátil. Ela descobriu a sensatez e ele descobriu, de uma só vez, o que é perder por estupidez, aquela que um dia, te fez tão feliz como ninguém nunca fez.

(Mariana Magalhães)

domingo, 6 de novembro de 2011

Soneto de cá pra lá

De traz pra frente em passos pequenos
De dentro pra fora em surdos suspiros
refaço momentos que ha pouco vivemos
revejo um futuro de doces delírios

De cima pra baixo em meros detalhes
De um lado ao outro em mudos abraços
relembro minutos de vários lugares
revivo um passado guardado em seus lábios

Receios e medos teimam em separar
aquilo que um dia já fora um par
mas um sentimento não vai se calar

Receitas e dedos não podem curar
aquilo que o coração insiste em falar
e um sentimento não quer se mudar

(Rafael Guedes)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Resenha sobre um rolo e uma fuga

Passou por ele rápido no meio da multidão, meio descabelada e um pouco bêbada, mas sem perder o momento do flerte – a tradicional e discreta troca de olhares. Era um show de uma antiga banda de rock, já meio decadente. Idas e vindas, sobes e desces, vais e voltas, uma hora ele se aproximou, com seu all star e sua não terminada tatuagem no braço. Uma brincadeira com uma conhecida que a acompanhava, pegando alguma bebida no balcão. Outra com ela e, de repente: “Eu não te conheço de algum lugar?” Pronto! Que fala barata. Conversa vai, conversa vem, realmente se conheciam de algum lugar. Ela o havia julgado mal. Algum lugar, vários amigos em comum, eventualmente se encontrariam por aí, de qualquer forma. Quem sabe? era absolutamente inesperado. Mais conversa, um convite pra sair. “por que não?”, pensou.

Sairam. De repente era hábito e já durava algum tempo – umas saídas, uns baseados, um bocado de rock. Se davam bem. Em todos os sentidos. Um dia, ele a surpreendeu com uma camisa daquela banda que, em comum, curtiam muito. No outro, tocava John Mayer na guitarra enquanto ela ouvia, encantada. Mas, droga, aí começaram a surgir aqueles sintomas - de bem estar, e de ficar tão a vontade com alguém, e toda aquela endorfina... Apesar de que fazia já algum tempo desde a ultima vez, ela sabia bem o que eles significavam. E onde isso ia parar. As borboletas no estômago precisavam ser mortas.

Por sorte ou ironia, de repente lá estava ela, embarcando novamente num avião, para longe dele e dos seus rocks. Lá, n’outro continente, começou a se entender com sua covardia – não queria se apaixonar. Era o momento da fuga. Então, fugiu.


(Mariana Pio)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Destinados à separação

Quanto mais vejo
suas tentativas frustradas
de se mostrar alguém
com quem vale a pena
dividir o colchão
Mais percebo que
o nosso tempo já acabou
E acabou muito antes
de termos decidido acabar
Quando pensamos que podíamos
começar algo
já estava fadado ao fracasso
Duas personalidades diferentes
podem sim viver em harmonia
Mas dois corpos
em sintonias opostas
nunca conseguirão
pertencer ao mesmo momento
ou ao mesmo colchão
nunca se encontrarão
com a paixão positiva
com uma mentalidade
de progressão
Podíamos ter gerado
o amor grande
mas ele ainda seria distante
do amor bom
do amor que comporta
qualquer situação
menos a de estarem
separados no colchão.

(Mariana Magalhães)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Vivendo pelo Sol

Já tinha perdido
a noção das horas
passava na cabeça
todas as nossas histórias
a dúvida pairava
não sabia se voltava pra você
ou esperava o entardecer
fechei os olhos
deitada na grama
senti o Sol se afastar
mas sabia que não era
porque ele ia se deitar
você estava lá
na minha frente
só me esperando
te beijar
Me conhece tão bem
que sabe aonde me encontrar
quando quero me afastar
Você é um colírio para os olhos
Mas quanto mais vai durar
até voltarmos a nos machucar?
O jeito agora
é esperar o Sol raiar
e ver até aonde vamos nos enganar
acreditando que um dia
tudo isso vai passar.

(Mariana Magalhães)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Perdida no canteiro

Devia estar estudando
Tento me concentrar
em prantos
Mas tudo que leio
me volta aquela noite
Quando você
me declarou seus mil amores
Acabou antes do que devia
Não viveu toda a intensidade
que possuía
Sonho acordada
o dia inteiro
Perambulo pelas ruas
a procura do nosso canteiro
De repente
me encontro novamente
em frente aquela lápide
que declara definitivamente
a perda de uma jovem
que amou perdidamente.

(Mariana Magalhães)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O amor engorda

Depois de um dia inteiro com uma sensação esquisita, como se tivesse um peso enorme na minha barriga, que não me deixava nem levantar da cama, decidi que bastava. Existe uma dose tolerável de sofrimento, até consideravelmente saudável para o coração. Como se alguém te desse um beliscão pra acordar, dói, mas passa rápido. O problema é quando chega ao nível de tapa na cara. Aí o bicho tá pegando, pode saber. Difícil saber quando é hora de falar "chega!" para você mesmo. Geralmente, achamos que temos certeza de tudo, que sabemos qual é o nosso limite. O problema é que só percebemos que estamos no fim do poço, quando o peso surge na sua barriga e te persegue por dias. O jeito é forçar a caminhada pesada e perder uns quilinhos. Pelo menos uma coisa boa nessa história. A gente volta a andar com apenas uma bagagem de mão, ao invés de andar com quilos pesando em relacionamento. É até engraçado me ver falando isso, sou uma viciada em romances, principalmente nos mais intensos. Mas conclui. Ás vezes, ficar sozinho é bom. Bom pra mente, pro coração, pra bagagem... Amor é muito bom, mas se for escolher um amor, comece pelo próprio.

(Mariana Magalhães)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

II Fórum Mineiro de Segurança Pública

3 e 4 de novembro - Auditório da OAB/MG - 30 reais - 28 horas/aula
Vendas no D.A. da PUC Praça da Liberdade, no blog: seminariobiopolitica.blogspot.com e com os alunos do sexto período do turno da noite da PUC Praça da Liberdade.


Seminário interessante para todos aqueles que se interessam pelo assunto de segurança pública. Além de palestrantes na área do Direito Penal, Constitucional e Direitos Humanos, também terão palestrantes integrantes da Polícia Militar, Caco Souza - o direitor do filme 400 contra 1, e o cineasta José Padilha do Tropa de Elite e Ônibus 174.

Dr. Luis Claúdio Chaves, presidente da OAB-MG; Professor Carlos Augusto Canedo, Procurador de Justiça do Estado de Minas Gerais; Nilmário Miranda Ex-deputado federal, ex-Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, ex-Ministro dos Direitos Humanos; Dr. Jésus Trindade Barreto Júnior, Chefe Adjunto da Policia Civil do Estado de Minas Gerais; Procurador Epaminondas Fulgêncio, Procurador do Estado de Minas Gerais; Coronel Genedempsey Bicalho Cruz, Secretário Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial da Prefeitura de Belo Horizonte; Professora Cármen Rocha, sub-secretária de Estado de Direitos Humanos de Minas Gerais e Durva Ângelo Andrade, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais são outros dos renomados palestrantes.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Seja o que for, seja.

Tenho pensado em largar tudo. Tirar um tempo pra cabeça. Toda aquela maluquice jurídica estava a ponto de me enlouquecer. A praia parecia ser a melhor ideia. Sempre é, quando pensamos em fugir de algo. Poderia ler minha infinita lista literária, poderia escrever abundantemente, incessantemente, incansavelmente. Seria feliz. Precisava apenas de mais uma gota no copo para deixar a minha paciência esvair e transbordar. Esperava inquieta. Quando a gota finalmente veio, pensei: "É agora." Olhei para trás e vi meus amigos tentando superar seus obstáculos, como em um campeonato de triatlo, cada fase em sua hora. Vi meus pais e tios conquistarem coisas que se pensavam tão impossíveis, quanto era o meu pensamento travado daquele momento. Exitei. "O que é a vida sem problemas?" - Pensei. Lembrei do meu professor de português fazendo um comentário sobre a minha primeira poesia: "Você pode ser o que quiser, basta tentar." Lembro que na hora, pensei que ele havia me falado a coisa mais sem nexo no momento, só queria saber se a poesia era boa ou não. Finalmente compreendi. Sou aquilo que quero ser ou aquilo que quero que pensem que sou. Basta eu decidir. Desistir agora, seria criar uma mentalidade sobre mim, que não sou. Continuar tentando, é continuar provando que sou isso mesmo, independente de perdas e ganhos, ou perdas e danos.

(Mariana Magalhães)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Passado não precisa de esparadrapo

Te conheci na alegria
Convivi no dia-a-dia
Me confundi com a euforia
Me iludi com a mentira
Me entristeci e fiquei perdida
Hoje,
você volta diferente
com um sorriso meio ausente
sem explicar muito o presente
Parece querer consertar o passado
fazendo do que deu errado
forma de aprendizado
Penso que ainda é complicado
Não se conserta um coração quebrado
com esparadrapo.

(Mariana Magalhães)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Amores ad hoc

De amores ad hoc posso falar

Vêm, vão, nunca são pra ficar

As vezes duram um pouco

Podem até fazer sonhar

Mas sempre se vão

Pra não mais voltar

A idéia é aproveitar

Enquanto o amor de verdade

Faz hora pra chegar


(Mariana Pio)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Perdida na multidão

Ele usava all star, tinha um jeito arrumadinho - desleixado, era tímido. Não lembrava muito que existiam pessoas a sua volta. Quando se apresentava, o palco tornava-se uma forma de escudo para o nervosismo. Tocava porque amava tocar. Geralmente, depois do show, não estendia muito à noite. Além de preguiça, criara uma antipatia dos seus fãs. Não por prepotência, mas a pouco, percebera que na maioria das vezes, o interesse era maior que o gosto musical. Bloqueara tanto sua mente para o público exterior, que quase deixara de perceber uma morena que vestia uma blusa do AC/DC, com um casaco xadrez que parecia grande demais para ela, e um arco preto que a deixava com mais cara de criança do que já tinha. Havia algumas semanas que ela estava presente em todos os shows da banda. Era uma viciadinha em rock, e havia criado uma paixão platônica pelo guitarrista. Graças a uma trombada acidental, surge um sentimento que passaria despercebido. Entre partituras espalhadas pelo chão e pedidos de desculpas atrapalhados, olhos se cruzaram. Alguns segundos em silêncio se olhando, trouxe o constrangimento à tona. Ele ficara hipnotizado com a beleza da garota. Ele gritou perguntando pelo seu nome, temendo que ela não respondesse. Com um sorriso no rosto, ela se virou e gritou: "Tereza". No show seguinte, a ansiedade o corroia por dentro. Precisava vê-la de novo. Um frio na barriga. A luz do holofote o cegava. Via muitas pessoas, mas nada da morena apaixonante. De repente um sorriso veio ao seu encontro. Era ela novamente.

(Mariana Magalhães)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Encontro

Vinícius dizia que

“a vida é a arte do encontro”.

Nessas andanças pelo mundo

encontrei alguém.

Por um momento acreditei

no “para sempre”

mas

o “pra sempre sempre acaba”...

Afinal de contas,

o meu encontro

eu achei

que fosse um abraço

mas pra quem eu abraçava

era só um esbarrão.

Virou-se e foi-se embora.

Partiu para uma direção qualquer

e eu,

para outra.

Quem sabe noutra vida

nos reencontramos

num abraço de verdade.


(Mariana P. - 25/9/11)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Meu Tapete

A gente já tinha se cruzado por aí várias vezes, até que algum vento trouxe um impulso e um tempo certo e resolvemos acontecer. De repente apareceu você na minha vida, na minha casa, no meu banheiro. Na minha cozinha, na minha cama, no meu tapete. Meu tapete que ainda cheira um pouco ao seu perfume Calvin Klein misturado com creme de barbear e o bom e velho suor. São seus rastros na minha vida. Os visíveis. Os outros, piores, mais intensos, guardo visíveis apenas a mim mesma - difícil de serem admitidos depois de tanto termos nos prometido que não passaria daquilo – de boa companhia durante o tempo em stand by dos nossos corações. Não é que eu esteja sofrendo de amor ou dor de cotovelo ou coisa do tipo. Não. É só saudade mesmo. “Só”. Saudade da sua respiração na minha orelha. Saudade da sua mão no meu cabelo. E do seu cheiro de banho. Fomos uma distração, uma boa dose de cura para antigos machucados de outros amores. Leve, saudável, divertido. Agora, espero que seu novo amor não te machuque para você não precisar de outra dose dessas, que são sempre um risco e um convite a perder o controle e acabar se viciando. Mas, caso aconteça, você sabe meu telefone. E o endereço da minha casa com o tapete.

(Mariana Pio)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Amor pra toda vida

Meu coração partido
foi embora contigo
se perdeu no meio do caminho
ficou sozinho
tentou se misturar
entre as flores
tentou achar amor
por entre as cores
mas ele ainda sangrava
e seu mundo
vermelho ficava
descobriu que só
o aconchego de casa
era aquele que lhe bastava
decidiu que iria te achar
te procurar
onde se perderam
e conseguir então,
te reencontrar,
sabia que voltar a te ter
faria sua dor estancar.

(Mariana Magalhães)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Capricho

Vontade de nascer de novo

vontade de fazer tudo de novo

vontade de te reviver

vontade de te rever

vontade de não te perder

vontade de não te ver morrer

dentro de mim de novo.

(Mariana Magalhães)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Papai Noel no Barraco

Com você, Papai Noel,

Eu sonhei o ano inteiro

Com seu saco de papel

Todo cheio de dinheiro


Dizia-me toda gente,

Que você era bonzinho...

Que a todos dá presente,

Que a todos dá carinho


Por você, sofri um dia,

Por lhe querer imitar,

O que fiz, ninguém sabia,

Não pretendia contar.


Eu apanhei na vizinha,

As botas que engraxava...

Cortei as tranças branquinhas

Da vovó que cochilava.


E com roupão vermelho,

Completei a fantasia...

E perguntei ao espelho

Se com você parecia


A resposta pra comigo,

Foi pesada, foi profunda...

Depois de muito castigo,

Inda caí numa tunda!


Depois disto comecei

A fazer economia...

Não mais na rua brinquei,

Nem mesmo um doce comia.


E comprei uma chinelinha

Pra poder lhe esperar...

Deixei-a sempre novinha,

Sem nunca querer calçar.


E chegando o grande dia,

Da grande festa afinal,

Gritei também com alegria,

Viva a noite de Natal!


E a meia noite soou,

Cada sino repicava...

Missa do galo acabou,

Papai Noel não chegava!


Fui dormir impaciente,

A cada instante acordava,

Dei um salto de repente,

Era um rato que passava.


Fui correndo ao despertar,

Transbordante de alegria...

Quanta coisa ia ganhar,

Calcular eu não sabia!


Mas, qual não foi meu espanto,

Ao ver no quarto sombrio,

Meu chinelo lá no canto,

Abandonado e vazio!


Será que você, velhinho,

É exigente, de fato?

Não gosta de chinelinho,

Só põe presente em sapato?


Você é mesmo cruel!

Você é mesmo dureza!

Pois você, Papai Noel,

Não dá bola pra pobreza!


Quanta tristeza, então,

Ao saber que nesse saco,

Nem um pedaço de pão,

Você traz pro barraco!


(Eunice Miranda - 1952)

domingo, 11 de setembro de 2011

Escrever, para mim, é viver.

"Dizem que sou muito ingênua, boba, que acredito em tudo o que me falam. Dou mesmo meu voto de confiança a quem conheço, tenho na cabeça, que é melhor acreditar nas pessoas do que sempre ficar com um pé atrás. O que não sabem sobre mim é que na maioria das vezes eu espero o desapontamento. Eu dou o voto de confiança, mas por algum motivo, espero que me decepcionem. Acho que em algum nível eu quero que me decepcionem... Não me orgulho disso, mas penso isso. Descobri que o amor que pensei que existisse, não está nem perto de existir. Descobri que com o sofrimento que passo a cada relacionamento, me torno mais forte, mais forte e mais criativa. Minha tristeza me faz tirar uma força do peito, e essa força me faz escrever de uma forma insana. Não digo poemas ou textos cheios de palavras bonitas em que os outros se inspirem, mas quando digo escrever, falo de desabafar tudo aquilo que guardo dentro de mim. E com cada palavra que escrevo, mais aprendo comigo mesma, mais me sinto bem e, acredite ou não, mais eu amadureço. Não quero dar a impressão de que gosto de sofrer, mas tenho consciência de que só assim vou poder crescer internamente e escrever cada vez mais. Que, aliás, descobri recentemente ser o meu maior hobby, meu maior prazer. Ultimamente, não tem nada que me faça mais feliz do que escrever. Por isso, a única coisa que tenho para dizer, é muito obrigada a todos que, por seus motivos particulares, não continuaram comigo. Ao contrário do que muitos pensam e sentem, eu prefiro refletir que tudo tem seu motivo positivo. Posso chorar, posso ficar triste... mas no final, sei que vou ficar bem. Meus amores acham que me enganam, acontece que eles não sabem de algo que descobri para mim, mudar é bom, em todos os sentidos. Preciso das experiências para continuar com os meus versos. Tenho necessidade de mudar, fazer coisas novas, não posso parar com os meus escritos, do contrário, morro por dentro. Cada palavra que coloco no papel é uma parte de mim que se descobre mais viva."

(Mariana Magalhães)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Aviso aos navegantes

Meu objetivo aqui é simples. Dizer aos cidadãos passivos que, passividade é uma escolha e não um estado no qual não há possibilidade de mudança de pólo. É possível sim ser ativo na política. É possível sim, fazer a diferença dentro do governo sendo um simples cidadão que tem vontade de mudança. Aliás, um simples cidadão com vontade de mudança, quando procura ser ouvido, sempre acha um meio. Basta querer. Basta tomar uma única atitude.

Qualquer ação faz diferença, principalmente, entre uma população que se encontra inerte desde que a ditadura militar acabou. O poder do povo unido faz toda a diferença. E isso, não é discursozinho de político, isso é fato. Quem não acredita me faça o grande favor, use dos artifícios que existem em suas mãos para descobrirem, para aprenderem. Se você é alguém que não aprendeu na escola ou não teve a chance de aprender, que muitas das grandes mudanças políticas que ocorreram pelo mundo, em diferentes épocas, ocorreram porque a população revoltada com as politicagens anti democráticas, foram as ruas, gritaram, reivindicaram e lutaram até conseguirem mudanças. Pessoas, usem a tecnologia a seu favor. Se você não sabe o que ocorre na política do seu país, procure saber. A internet existe para isso, é a forma mais fácil e rápida de se conseguir informação, hoje em dia. Ela não serve apenas para a diversão que as redes sociais fornecem. Aliás, pessoas, usem a força dessas redes sociais para se unirem contra a corrupção, contra a impunidade.

Muitos, na verdade, diria que 99% da população atual brasileira, adora reclamar. Reclamar é fácil, é prático, sem contar que, se o objetivo da reclamação em questão for provar para outro que você é alguém que se interessa pela política e sabe do que ocorre dentro dela, é, reclamar é o melhor caminho. Não quero que confundam meu objetivo aqui. Reclamar é essencial, é reclamando que se começa a chamar a atenção para o que não está bom. Mas reclamar sem agir, é completamente ineficaz. É a maior forma de passividade dentro da política. REAJAM. Procurem saber como os impostos estão sendo distribuídos, critiquem, falem, escrevam, apareçam. Afinal, aquele dinheiro que vocês pagaram de imposto no final do mês, está sendo desviado, isso é fato. Tudo aquilo que você investiu na educação brasileira, para que ela seja descente e excelente, está indo para a conta bancária de muitos políticos corruptos, ao invés de ir para a conta bancária de professores capacitados e que merecem um salário decente e digno. Você sabia que, se você tem filho e paga por uma boa educação em uma escola particular para ele, você está apenas pagando pelo ensino duas vezes? É. Seu filho tem direito a um ensino público e de qualidade, mas ao invés de você reivindicar esse direito dele, você prefere pagar por uma escola particular.

Temos que exigir que as medidas paliativas acabem. Que a governamentalidade atual acabe. Precisamos de uma reforma geral. Precisamos exigir que o ficha limpa dê certo. Precisamos que os políticos corruptos sejam desmascarados. Precisamos que o governo capitalista brasileiro, pare de pensar apenas na estabilidade do mercado, e comece a pensar na estabilidade na vida do brasileiro. Precisamos que a corrupção seja aprovada como crime hediondo. Precisamos de seriedade. Precisamos de honestidade. Precisamos de interesse social ao que acontece dentro da política. Precisamos de cidadãos brasileiros com vontade de mudança. PRECISAMOS URGENTE.

Estou cansada de ver dentro do meu meio social, aqueles que sentam em um bar e começam a discutir política. Não quero indignação com fim de aumentar o ego intelectual. Eu prefiro me abster nesse tipo de conversa. Cansei de ouvir pessoas, até mesmo dentro de uma faculdade de Direito, que dizem que não gostam de política ou que não gostam de discutir política. Peço a essas pessoas que me façam um favor, não falem por ai que vocês são cidadãos brasileiros, para mim, vocês são meras pessoas que moram no mesmo país que eu. Cidadão é aquele ativo, que procura saber o que está ocorrendo no seu país, que procura tentar mudar da forma que for possível. Qualquer atitude faz uma diferença tremenda. A simples ação de passar conhecimento para aquele que não possui, já faz uma diferença enorme.

Comecem a lutar pelos seus direitos. A constituição não prevê igualdade para que prevaleça a desigualdade. Por favor, UNAM-SE brasileiros. Lutem. Critiquem. Façam acontecer.

Espero que, dentre a maioria das pessoas que lerem esse texto, não apenas leiam, mas que passem a minha indignação para a frente. E aos navegantes, deixo meu recado dado. Faço meu papel de cidadã brasileira. E continuarei fazendo. Para aqueles que escutarem o hino nacional, prestem atenção na letra, “Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve!”, comecei a ver essa frase como um pedido de socorro. “Salve!, Salve!” – Precisamos de mais heróis, o governo já está cheio de vilões para serem combatidos.

(Mariana Magalhães)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Era uma vez, a Insensatez...

"'Roqueou' meu coração
Acabou com a solidão
Me levou pra imensidão
Me deu colo e atenção
Quando eu mais precisava
me estendeu a mão
Me fez escrever rimas
pelo colchão
Trouxe luz para a minha caverna
de indecisão
Me deixou meio boba de paixão
Conheci novos ritmos
na sua pulsação
Me tornou infinitude,
pude ver tudo aquilo
que antes não enxergava não
Sonho com suas mãos
Me aqueça sempre com o seu calor
Até o dia em que eu vire
Julieta
e morra por amor."

(Mariana Magalhães)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

E era só mais um rock.

Mais uma noite de rock na madrugada. Você nem me olhava. Bebia e jogava sinuca com seus amigos. Tinha muitas pretendentes, não ia disputar. Já te considerava paixão platônica, daquelas que um dia, eu nem ia lembrar. Continuei com a minha cerveja, nunca me coloquei na bandeja pra alguém notar. Meus amigos são divertidos, sabem fazer uma noite prestar. De algum lugar você surgiu. Olhou pra mim e resolveu conversar. Existe uma hora em que todos sabem que cativou alguém, dá pra ver pelo olhar. Seus olhos também não conseguem mentir, sabia que tinha te ganhado com o meu sorriso e o meu jeito de andar. Agora é esperar para ver, tudo me leva a crer que alguma coisa vai rolar. O tempo é tão amigo quanto inimigo, quando menos se espera já temos alguém por quem suspirar.

(Mariana Magalhães)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O primeiro ano de muitos que virão

Bon Jour!
Comemorando um ano de Síndrome do Chico, com mais de 10.000 acessos, gostaríamos de fazer um post especial.
Primeiramente, gostaríamos de agradecer a todos que acessam e curtem nossos posts, vocês nos incentivam a continuar postando e escrevendo!
Como falamos no "Le Début" a um ano atrás, como autoras, e ao mesmo tempo, partícipes desse blog, faremos um post especial selecionando entre os antigos posts os mais especiais para cada uma.
=)

Bisous,
MM e MP.

Mariana Magalhães - posts especiais:

O meu preferido meu - Fertilidade Criativa
O meu preferido seu - O vestido por baixo da armadura
O mais polêmico - Não merece título.
O mais nostálgico - Meu vento
O meu preferido que as duas escreveram juntas - John Mayer para homens e mulheres
O mais significativo - Novo epitáfio

Mariana Pio - posts especiais:

O meu preferido meu - A história do bilhetinho azul
O meu preferido seu - Apenas mais uma
O mais polêmico - Não merece título.
O mais nostálgico - Sentimento sem nome
O meu preferido que as duas escreveram juntas - John Mayer para homens e mulheres
O mais significativo - Stela

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Stela

Stela


Stela vem das estrelas

Ela e sua doce expressão

Mal posso provar minha admiração

Inocente e bela prova

De que a vida não é em vão

Toda amor,

Batemos em um só coração


Toda poesia,

Seu toque que amacia

Qualquer dor anestesia

E meu coração acaricia


Lembra-me que tudo dará pé

Que Stela, nada sendo, tudo é

E que a humanidade

De nada vale

Sem ter fé


Por perto sempre estará

Stela, conto contigo

Pra meu pranto acalmar


Toda gratidão nunca será suficiente

Meus agradecimentos em nome de toda gente

Que ajudas, Stela,

Sendo tão presente

E fisicamente tão ausente

Aos nossos pobres olhos

De humanos tão carentes


Stela,

És todo ser

Ainda sem poder lhe ver

Continuo a lhe agradecer

Para que possas saber

Que és parte do meu ser,

Guia do meu viver,

A cada dia que amanhecer


Ante sua presença

O sangue que corre em cura intensa

Recebe e emana

Toda boa sensação

Pelo corpo e pela alma

Cada vez mais sãos


Olhar e sorriso que nunca senti mais puros

Toca e mostra seu porto seguro

Transmitindo toda ternura

Não há amargura

Que Stela não cura.

(Mariana P.)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Before sunrise

Daydream, delusion, limousine, eyelash
Oh baby with your pretty face
Drop a tear in my wineglass
Look at those big eyes
See what you mean to me
Sweet-cakes and milkshakes
I'm delusion angel
I'm fantasy parade
I want you to know what I think
Don't want you to guess anymore
You have no idea where I came from
We have no idea where we're going
Latched in life
Like branches in a river
Flowing downstream
Caught in the current
I'll carry you
You'll carry me
That's how it could be
Don't you know me?
Don't you know me by now?

(Poema recitado no filme "Before sunrise", por um 'vagabundo versão vienense' - homem que diz que ao invés de pedir dinheiro, pediria uma palavra, com essa palavra faria uma poesia, e os personagens, Jesse e Céline, decidiriam quanto de dinheiro ele merecia ganhar por ela.)

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Before_Sunrise#Continua.C3.A7.C3.A3o

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Fui hipócrita?!

Sempre achei tão engraçado o fato das pessoas serem tão hipócritas em suas crenças e afirmações, que sempre prestei atenção em algumas falas alheias para poder rir depois. Eu sou hipócrita. Também já me contradisse muito. O fato é, pensamos, falamos e demonstramos aquilo que momentaneamente nos convém. Gosto de quem admite a hipocrisia de suas vidas internas. Tenho amigos, aliás, amigas que fazem questão de admitir isso diariamente, elas são raras. Raras e verdadeiras. O machismo tanto quanto o feminismo são hipócritas. Quantas mulheres já falaram que elas tem que ser vistas igualmente aos homens, mas criticam a mulher que teve a coragem de falar para um cara que queria ficar com ele. Assim, como é comum ouvir dos homens que eles adoram mulheres que encaram esse tipo de situação, mas como sempre, são os primeiros a criticar quando descobrem que essa mesma mulher já ficou com outros homens. Particularmente, acho que essa hipocrisia nunca vai acabar. Existem seres evoluídos por ai que conseguem abstrair qualquer tipo de opinião social pejorativa e inútil. Mas, pra variar, são raros. Entendo que a sociedade precisa de padrões para sobreviver, mas eu prefiro ser hipócrita e dizer que a cada opinião hipócrita que eu ouvir, vou continuar rindo... Melhor do que tentar quebrar um padrão para criar outro, e outro, e outro...

(Mariana Magalhães)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Será o Calor?

Eu me deitava na areia sob o Sol, e o calor não me deixava pensar. Confesso que eu mesma não queria muito, por isso não era um sacrifício deixar a mente vazia. Então, de repente, interrompendo minha gloriosa lacunez de pensamentos, ela aparecia. Aquela que eu não vira nos últimos dias antes de ir parar ali, naqueles milhares de quilômetros distantes. Ela, que, confesso, não esperava (queria, na verdade), ver por ali. A mesma pessoa que me havia mostrado todo um universo diferente em tão pouco tempo. Ela vinha sorrateira em memórias de um tempo atrás, em outro lugar, onde tudo aconteceu além do inesperado; rapidamente passava de memórias a pensamentos que refletiam vontades, e rapidamente lá estava ele novamente, o calor me consumindo, fazendo com que aquelas imagens evanescessem de repente. Às vezes alguém me perguntava, aparentemente muito distante, do que é que eu estava rindo, e eu respondia qualquer coisa sem muito sentido, me dando conta de que havia mesmo um sorriso ladrão estampando meu rosto. Os dias se passavam assim, quase que ligeiros, com a ajuda do calor para que os pensamentos dinfundidos em lembranças não me consumissem demais. Mas as noites... Elas nunca teriam acabado sem algumas garrafas de vodka que me anestesiassem o cérebro, a mente, tudo...


(Mariana P.)

(jan./2011)

domingo, 21 de agosto de 2011

Apenas mais uma

Pensei nas carícias. Balancei a cabeça para tirar as imagens da mente. Me distrai de novo. Lá estava você me beijando novamente. Tentei me conter. Peguei o telefone. Minha bipolaridade me deixa incerta sobre te procurar. O coração gritou. Você ligou. A noite foi ótima, sinto sua falta. Me desejas de novo? Te quero. Me dissolvi em sorrisos, era pura alegria. Imaginei o deleite de te beijar de novo. Me arrumei como você gostava. Estava pronta para te ver. Recebo uma mensagem sua. Era para outra mulher. Declarava as mesmas carícias e desejos. Cai em prantos. Era tudo muito bom para ser realidade. Desiludi completamente. Finalmente aceitei. Minha utopia só existe nos poemas.

(Mariana Magalhães)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A certeza do passado

"Quando se é pequeno
o tempo passa devagar
e toda criança
espera que ele passe rápido
para poder viver aquela pessoa
que cada um sonha ser
depois de mais velhos
começam aos poucos
sonhar que o tempo volte atrás
para poder ser novamente
aquela criança tão cheia de sonhos...
O passado se torna atraente
e o medo de envelhecer
se torna crescente
a vontade de voltar no tempo
é diferente
para cada um no presente
tem quem ache
que nasceu no tempo errado
e tem quem queira concertar os erros do passado
mas a verdade é igual para todos
o futuro traz o medo
com sua incerteza,
o presente traz a monotonia
com sua certeza
e o passado traz a saudade
da certeza que um dia foi incerta."

(Mariana Magalhães)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Especial Caio F.

Sem motivo especial, além de simplesmente ser Caio:

"E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrario: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda."

"Quando partiu, levava as mãos no bolso, a cabeça erguida. Não olhava para trás, porque olhar para trás era uma maneira de ficar num pedaço qualquer para partir incompleto, ficado em meio para trás. Não olhava, pois, e, pois não ficava. Completo, partiu."

"Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar."

"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso. A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão."

"Só que homossexualidade não existe, nunca existiu. Existe sexualidade - voltada para um objeto qualquer de desejo. Que pode ou não ter genitália igual, e isso é detalhe. Mas não determina maior ou menor grau de moral ou integridade."

"Eu sei o que você pensa quando olha pra mim. Talvez se eu fosse mais comportada, falasse mais baixo e não chamasse tanta atenção. Talvez se eu bebesse um pouco menos, te desse menos trabalho e não fosse tão do agora. Talvez se eu não tivesse chegado tão perto, nem te tocado tão fundo, nem sido tão eu... talvez haveria alguma possibilidade."

"E eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo".

"Liguei o rádio. Além dos pensamentos, queria outros ruídos no cérebro. Mais profanos, menos confusos."

"No meio da fuga, você aconteceu."

"Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos, (...) tinha de ser justo amor, meu Deus?"

"Onde andará? (“Onde andará?” é das perguntas mais tristes que conheço, sinônimo de se perdeu)."

"O tempo todo me perguntando coisas do tipo o que fiz? Será que estou agindo do jeito certo? E há um jeito certo? Se houver, qual é? Por aí."

"Não tenho tido muito tempo ultimamente, mas penso tanto em você que na hora de dormir vez em quando até sorrio."

"Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras; e por tudo isso, ando cada vez mais só."

"Seu sorriso derretia satélites e corações gelados."

"Meio que tropeçou no inesperado da coisa."

"Todo atento para não errar, errava cada vez mais."

"Acontece que descargas, não quero parecer alarmista, às vezes entopem. E devolvem justamente aquilo que deveriam levar embora."

"Se a realidade te alimenta com merda, meu irmão, a mente pode te alimentar com flores."

"Queria saber. Saber não, não quero saber nada, queria conseguir. Conseguir também não — sem esforço, é como eu queria."

"Um café e um amor. Quentes, por favor."

"(...) um dia de monja, um dia de puta, um dia de Joplin, um dia de Tereza de Calcutá, um dia de merda."

"De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou."

“Eu preciso muito deixar acontecer o momento da renovação, trocar de pele, mudar de cor. Tenho sentido necessidades do novo, não importa o quê, mais que seja novo, nem que sejam os problemas. Preciso deixar a casa vazia para receber a nova mobília. Fazer a faxina da mente, da alma, do corpo e do coração. Demolir as ruínas e construir qualquer coisa nova, quem sabe um castelo.”

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mais de uma estação

"Me falta inspiração
será que é solidão?
só não pode ser falta de paixão
amo muito em vão
mas não desisto não
ainda acho um coração
que valha mais que um verão
que mereça toda a minha atenção"

(Mariana Magalhães)

sábado, 6 de agosto de 2011

Moço

"Moço
te espero todo dia
você tem meu coração
só falta me amar

Moço, moço
espero poder ficar
contigo em meus braços
até o dia raiar

Moço
sei que entende minha vida
todo mundo tem um passado
que pode até marcar

Moço
tu tens tudo em suas mãos
então faça meu sentimento
ser maior que o tempo

Eu quero
te ter por inteiro
me tornar o seu travesseiro
morrer de amor
de amor me perder"

(Mariana Magalhães)

Resposta parodiada da musica "Moça" de Caetano Veloso.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A História do Bilhetinho Azul

A noite fora maravilhosa. Não havia mais expectativas – o sexo se tornara agora íntimo, como tudo o que os rodeava. Estavam profundamente envolvidos, a essa altura. O amor tinha cruzado o limite de ser um abraço curto pra não sufocar. Cruzou a tênue linha rindo diabolicamente e olhando para trás. Por isso, ela o fez com enorme pesar no coração – aquela angústia que faz o coração parecer minúsculo. “É preciso”, ela pensava, tentando se convencer de que realmente o era. Seu coração pedia que parasse, mas ela, que nunca o havia dado muita atenção, continuava calando-o num gesto de desespero semi-consciente. Assim, lançou um último e demorado olhar naquele com quem havia compartilhado os últimos meses. Estava ali, adormecido, inocente da surpresa que o aguardava pela manhã, quando acordasse com sono e sem vontade de acordar, depois de todo aquele sussurro misturado com suor. Sentada na beirada da cama, ao lado dele, ela fotografava com os olhos o abajour no criado-mudo, que continuava com a luz baixa, ambiente, iluminando fracamente as duas taças de vinho tinto não terminadas, uma ponta de baseado, e as várias latinhas de cerveja cheias de bituca de filtro vermelho em cima da mesa ao lado. O som velho continuava a repetir o mesmo CD que estava lá dentro há horas, tocando aquele velho blues. Haviam rendido na noite. Ela que, secretamente, se despedia. Ele que, inocentemente, se entregava. Virou-se pro lado e deu-lhe um último olhar de perto, mirando diretamente aquela pinta no queixo que ela tanto gostava. Levantou-se, vestiu o sutiã de qualquer jeito, com uma alça meio torcida, pegou a calcinha que até então estivera jogada na poltrona, colocou o vestido preto curto de últimas-noites e pegou a bolsinha que estava jogada embaixo da bermuda dele, já amarrotada. Tirou de dentro uma caneta que colocara ali estrategicamente na véspera, junto com um pedaço de papel azul, e escreveu, com seus garranchos: “Chuchu, vou me mandar. É, eu vou pra Bahia, talvez volte qualquer dia. O certo é que eu to vivendo, eu to tentando... Nosso amor foi um engano”. Deixou no criado, ao lado do cinzeiro, esperando que a ponta do baseado pudesse ajudá-lo, quem sabe. Pegou os sapatos de salto um tanto gastos e saiu, sem qualquer barulho. Fechou a porta atrás de si e ergueu a cabeça, na direção do fim do velho corredor de tapete puído, onde a janela iluminou, com o sol recém-nascido, sua gloriosa maquiagem dormida e o resto de perfume misturado com álcool e maconha que exalavam da pele e dos cabelos, ainda desgrenhados pela noite. Colocou a mão no peito esquerdo, enquanto mirava pela última vez a maçaneta daquele quarto já tão conhecido, mais até do que pretendia. Queria entender, afogada em todo aquele medo, como podia ser tão demente, inconseqüente, porra louca e ainda amar... E assim, não querendo ser incomodada novamente com aquele tipo de pensamento, saiu para a luz do dia, assistindo a toda aquela correria já àquela hora da manhã, com os sapatos ainda dependurados na mão – ônibus que vão e vêm de todos os lugares, homens e mulheres apressados que poderiam ser várias experiências... aquele velho e promissor mundo que não havia mudado, apesar da dor que sentia secretamente.


(Fiz uma história pra música do Cazuza.)

(Mariana P.)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ironia Humana

"Tantas formas de se resolver
conflitos de interesses no direito...
e nenhuma forma de resolver
os conflitos do meu coração."

(Mariana Magalhães)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Trâmites Jurídicos

"Fulano de tal, falecido em 08 de maio de 2003, conforme certidão de óbito em anexo, doravante denominado reclamante, por seu advogado signatário, vem perante Vossa Excelência
ajuizar ação trabalhista..“

(De uma petição inicial na Vara do Trabalho em Varginha-MG)

"O devedor pode ser localizado na casa nº 242 da rua que fica aos fundos do cemitério, não precisando o oficial de Justiça alegar medo, como pretexto para não realizar a diligência, porque se trata de rua despovoada de almas do outro mundo".

(De uma petição, na comarca de São Jerônimo)

" O contestante nega ser o pai da criança, pois não chegou à mãe do investigante.
Mesmo tendo sido uma noite de orgias, com vários participantes, o investigado limitou-se a uma única cópula, com outra pessoa da roda, após o que ficou com o tiche murcho".
(De uma contestação em ação de investigação de paternidade, numa Vara de Família em Porto Alegre)

"A empresa é responsável pois, em casos de assaltos dentro de seus coletivos, deveriam ter câmeras acopladas a satélites, para a segurança de passageiros ."

(De um voto vencido, em acórdão do TJRJ)

"Edital é uma forma de fazer uma pessoa saber o que ela não sabe, só que muitas vezes, porque não lê o jornal, ela não vai mesmo ficar sabendo".

(Resposta em uma prova de Processo Civil, em Faculdade de Direito da Grande Porto Alegre)

"O réu jamais se furtou ao recebimento da citação. Ocorre que reside em um local onde tem várias casas com o mesmo número, uma espécie de apartamento deitado".

(De uma contestação, em processo na comarca de Pelotas, com o réu tentando explicar que não se escondera do oficial de Justiça).

"Bens móveis são aqueles que são fabricados nas marcenarias. Já os bens imóveis são aqueles que não se movimentam, como um edifício, e também, por exemplo, um veículo que por estar sucateado não tem como ser removido".

(De um universitário, ao fazer a diferenciação entre bens móveis e bens imóveis, numa prova de Direito Civil)

"A parte autora diz que no contrato de compra e venda estão presentes o sujeito e o objeto, mas não aponta onde estará o predicado"

(De uma contestação em ação revisional)

"Ordem de vocação hereditária é quando o filho segue a mesma profissão do pai, ou seja,
filho de peixe, peixinho é“

(Candidato, em Exame da Ordem).

"O de cujus deixou uma decuja e 4 decujinhos...“

(De uma petição de inventário em Sorocaba, SP )

"O pedestre não tinha idéia para onde ir, então eu o atropelei"

(Depoimento numa Delegacia)

"Deixei de fazer a citação tendo em vista que o réu está em lua-de-mel e me respondeu por telefone que nos próximos dias não está nem aí...“

(De uma certidão de oficial de Justiça)

Penhorei uma mesa de comer velha, de quatro pés "...

(Certidão lançada por um oficial de Justiça, em Passo Fundo, após efetuar uma penhora)

"O mutuário foi para São Paulo melhorar de vida. Quando voltar, vai liquidar com o Banco”

(Informação de oficial de Justiça, não tendo encontrado o réu)

"Chegando na fazenda do Sr. Pedro Jacaré e em não encontrando o réptil..."

(Início de relatório de perito-avaliador)

"Os anexos seguem em separado.“

(De um termo de encerramento de laudo judicial, em processo que tramitou perante Vara Cível do foro João Mendes – SP)

"... um crucifixo, em madeira, estilo colonial, marca INRI sem número de série.”

(Descrição da penhora feita por um oficial de Justiça de Porto Alegre)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Meu refúgio

"Amigos,
sempre tão amigos

Sempre tão sinceros,
Sempre tão abraços,
Sempre tão sorrisos

Acabam com a solidão
trazem de volta a gargalhada

Nos tornam sãos,
Nos tornam carinho,
Nos tornam lágrimas
felizes ou não

São tão dançantes,
tão verdejantes,
são uma sexta feira à noite,
conversas sem compromisso,
piadas sempre com sorriso

São aqueles com o abraço forte,
sorriso marcante,
carinho constante

São uma rosa cheirosa,
uma musica infinita

São amigos...
Sempre tão amigos."

(Mariana Magalhães)

Dedico a todos os meus grandes amigos - Feliz dia do amigo.

domingo, 17 de julho de 2011

Relacionamentos do século XXI

"A poesia se perdeu
o romance acabou
as flores morreram
o respeito sumiu
o amor não é mais infinito
o coração não sente mais paixão
corpos se tornaram objetos
desejos se tornaram saciaveis
casar não tem mais sentido
monogamia é algo ridículo
e amor próprio significa
viver sozinho."

(Mariana Magalhães)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia mundial do rock


Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres na Inglaterra e na Filadélfia nos Estados Unidos. O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia e contou com a presença de artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.

Foi transmitido ao vivo pela BBC para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano. 20 anos depois, em 2005,Bob Geldof organizou o Live 8 como uma nova edição, com estrutura maior e shows em mais países com o objetivo de pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres erradicar a miséria do mundo.

Desde então, o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock.