quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O amor engorda

Depois de um dia inteiro com uma sensação esquisita, como se tivesse um peso enorme na minha barriga, que não me deixava nem levantar da cama, decidi que bastava. Existe uma dose tolerável de sofrimento, até consideravelmente saudável para o coração. Como se alguém te desse um beliscão pra acordar, dói, mas passa rápido. O problema é quando chega ao nível de tapa na cara. Aí o bicho tá pegando, pode saber. Difícil saber quando é hora de falar "chega!" para você mesmo. Geralmente, achamos que temos certeza de tudo, que sabemos qual é o nosso limite. O problema é que só percebemos que estamos no fim do poço, quando o peso surge na sua barriga e te persegue por dias. O jeito é forçar a caminhada pesada e perder uns quilinhos. Pelo menos uma coisa boa nessa história. A gente volta a andar com apenas uma bagagem de mão, ao invés de andar com quilos pesando em relacionamento. É até engraçado me ver falando isso, sou uma viciada em romances, principalmente nos mais intensos. Mas conclui. Ás vezes, ficar sozinho é bom. Bom pra mente, pro coração, pra bagagem... Amor é muito bom, mas se for escolher um amor, comece pelo próprio.

(Mariana Magalhães)

Nenhum comentário:

Postar um comentário