quarta-feira, 30 de maio de 2012

Não é um conto de fadas


Não acreditava muito nessas baboseiras todas de amor, até você decidir pegar o primeiro ônibus para me ver. Pensei: ‘Será? Não pode ser...’. Mas foi. E descobri que todo o meu passado foi traçado na expectativa de te encontrar, ou melhor, te reencontrar. Nesse meio tempo tive que engolir uns sapos por aí. Mas valeu a pena. Valeu porque, você pode não saber, mas cada parte de mim se encontra em harmonia de uma forma como nunca esteve, e eu sei que os motivos se resumem a você.
É impressionante como em apenas um mês de trocas incessantes de mensagens com conversas infinitas, que rendem vários momentos antissociais com os nossos amigos, pode tomar uma proporção tão grande que cria na gente a sensação de estarmos juntos há anos...
Vira e mexe brincamos ao contarmos para os outros como nos conhecemos; que numa cidadezinha paraense fazíamos o terrorismo com aqueles que nela moravam, mas por algum motivo, que nem mesmo a gente sabe explicar, já tínhamos nossos acordos subentendidos de que nossas travessuras de criança cessavam entre nós dois. Fico pensando... Será que já sentíamos alguma coisa? Algo não compreensível naquela época? É possível...
Só sei que quanto mais tempo passa, mais você me prova que distancia só existe para aquele que quer que ela exista. Posso não te ver todos os dias, mas saber que posso te encontrar sempre no meu coração, já me basta para aguentar esperar o próximo avião.

(Mariana Magalhães)

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