segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Quem é você agora?

Vejo suas fotos pelos cantos e meu primeiro pensamento é sobre o quão estranho é não saber mais nada do que se passa contigo. O que se construiu em tantos anos se perdeu em poucos meses. É isso mesmo? Não é mais tempo de procurar por culpados ou culpas, ou apontar erros e acertos, ou acusar medos e ressentimentos. Só me pergunto como e quando foi que isso aconteceu. Como foi que você se tornou um estranho? Quando foi que passamos a ser indiferentes? Queria ouvir de você. Como vai a faculdade? e o coração da sua mãe? falando nisso, e seus pais? já aceitaram que nunca vão se separar? e sua irmã, passou num concurso finalmente? e a namorada nova, será que posso perguntar? Quando foi que você resolveu por nós dois que nunca mais deveríamos nos falar? Do tudo fez-se nada, e do nada o inverso. Não tenho mais nem um resquício de você na minha vida. Suas coisas agora estão numa caixa onde só cabem lembranças, nada de presente. Mas será que lembranças também não mandam notícias de vez em quando?

(Mariana P.)

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