quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O Mar


Era ano novo na babilônia e eu estava lá

Com minha costumeira companhia,

A tal da Saudade.

Fogos a explodir

E a iluminar,

Também faziam colorir

Aquela que faz o coração apertar.

Quem a enviava a mim

De tempos em tempos

Estava pelos lados de lá,

Fazendo o preciso e o impreciso,

Além de viver e navegar.

Não sabendo como me conectar,

Recorri à minha Grande Mãe Iemanjá...

Odoyá!

Corri pro mar

E de corpo e alma a nadar

Enviei pelas águas meu desejo

De feliz ano novo,

De paz e sossego

Vendo o primeiro sol do ano a raiar.

Agora tá tudo certo,

“Eu tô no mesmo lugar que meu pai,

e eu nem sei onde ele tá.”


(Mariana Pio)

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